sábado, 4 de maio de 2013

A chegada turbulenta

Quando você vai comprar passagens costuma observar o tempo de viagem? Eu sim! Sempre escolho aquela que faz o trajeto completo em menor tempo. Não é que pensando assim dei uma mancada?
Vôo Recife - Guarulhos, chegada às 22:35h.
Vôo Guarulhos - Londres, embarque às 22:55h.
Parece perfeito não? Não!
Na hora da compra a gente não conta com o tempo de desembarque, os quilômetros de distância até o portão de embarque e o processo de imigração.
Pois bem, somando esse processo eu consegui chegar correndo (correndo mesmo) ao portão de embarque as 23:10, com o "now boarding" piscando vermelho enquanto aquela voz berrava : "atenção passageiros do vôo ... embarque imediato". Poxa isso foi tenso, quando a TAM vende passagens combinadas podia pensar nisso por nós.
Por outro lado, mesmo sendo classe econômica, eles se esforçam mesmo pra fazer as 11h de vôo (Guarulhos - Londres) ter o máximo de conforto possível.
Antes da decolagem, recebemos travesseiro, cobertor e um kit super fofinho com escova de dentes, pasta, pente, meias e uma caneta (confesso que achei estranho a caneta).
Além de um jantar melhor que o dos vôos domésticos, com opções e vinho acompanhando, o avião tem um super sistema de entretenimento. Acho que eu teria que viajar umas trinta vezes pra ver todos os filmes que são disponibilizados.
Após o jantar com vinho, um chá de camomila e um filminho, eu naturalmente dormi, e pensei que seria mas fácil do que eu achava. Foi quando acordei do sono profundo e pensei, estamos quase chegando. Chequei as informações e descobri que ainda faltavam 5 HORAS. Depois disso nem dormi, nem fiquei acordada. Só queria chegar. Eita negócio demorado!
A melhor parte foi quando depois de tanto tempo acima apenas do mar, pude ver um pouco de terra. Não resistí, tive que dar aquela "craudeada" e tirar foto da janela.




Ah, justificando a caneta que vem no kit: antes do pouso as aeromoças distribuem um cartão pra ser preenchido pra adiantar o processo de imigração.
Aí a pessoa chega, passa pela imigração, tudo certinho e vai pegar a passagem e nessa hora descobre que a mala saiu do avião com uma rodinha a menos! Gente, vocês não têm noção de como um rodinha numa mala de 30kg faz falta. Enquanto tava no carrinho do aeroporto tudo bem, mas a pessoa que se acha desenrolada resolve ir pra o centro da cidade de metrô. Aí o bicho pegou, porque as malas fizeram um complô contra mim. 
Peguei minha bagagem de mão e encaixei naquela alça que cresce da mala, agora com 3 rodinhas, e saí equilibrando as duas. Até que cheguei no primeiro vagão e a $%#@& da alça da mala que apoiava a outra resolveu quebrar!!!!!!!
Pois é, fiquei com a mala de mão na mão e a outra, com 30kg e três rodinhas sem a alça maior. E nessa hora, o mundo começa a se mostrar extremamente cheio de escadas. Eu estava na Piccadilly e tinha que pegar a District ou a Circle, foi quando percebi que tinha uma sinalização de deficiente pra a District em uma das paradas, e logo me identifiquei, porque nessa hora eu me sentia deficiente mesmo. Eu realmente não entendi qual passagem secreta os deficientes usam porque tudo que encontrei foram escadas. Quando cheguei ao ponto final, na Temple, o dobro de escadas. 
A essa hora eu estava ha dois quarteirões do hotel, mas não tinha mais forças pra a aquelas malas. Andei pelos dois loooooongos quarteirões (com uma pequena ladeira) e quando finalmente cheguei ao hotel, adivinha? Mais escadas! Deixei a mala na recepção e fui para o quarto. A vista da janela me reanimou e finalmente percebi que estava em Londres.
  

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